A Vila Belmiro será o palco do primeiro jogo do Santos contra o Corinthians pela semi-final da Libertadores, por decisão do Conselho de Gestão do clube.
Era uma decisão esperada desde que o Corinthians resolveu que a segunda partida, da qual detém o mando, será o Pacaembu, considerado sua “casa” e com a presença maciça de sua participativa torcida.
Um pouco de história: em 2002, Santos e Corinthians decidiram o Campeonato Brasileiro com duas partidas no Morumbi, com as arquibancadas divididas por igual entre as duas torcidas.
Por que não repetir esse arranjo, que proporcionaria dois duelos com maior renda para ambos os clubes e igualdade de condições no espaço para as torcidas (50%/50%) e nas condições do gramado?
Esse arranjo aconteceu porque, naquela decisão, o Corinthians quis fugir do jogo na Vila Belmiro e topou a contraproposta do Santos para vir jogar em São Paulo, dividindo ao meio a ocupação do estádio.
A única coisa em comum entre o que ocorreu em 2002 e agora é o temor do Corinthians em jogar na Vila Belmiro. Porque se na época o Corinthians tinha confiança de que bateria o Santos no Morumbi, desta vez não tem. Por isso, escolheu sua “casa”, o Pacaembu apostando que estará mais seguro. Afinal, para eles estará em jogo a obsessão da conquista da Libertadores.
Diante dessa decisão medrosa do Corinthians (influenciada também pela pinimba que o clube tem com o São Paulo), só cabia ao Santos explorá-la, transformando-a em um ponto a seu favor.
Os críticos dizem que a opção do Santos também foi medrosa, pois poderá ganhar do Corinthians em qualquer campo, que o tamanho do gramado da Vila facilitará o trabalho defensivo deles, que a maioria da torcida do alvi-negro da Vila Belmiro será novamente prejudicada, como ocorreu contra o Vélez, e que o clube perderá dinheiro.
Também acho que o Santos pode ganhar do Corinthians em qualquer gramado, inclusive com a imensa torcida fanática deles contra nós.
Mas a inteligência recomenda que se aproveitem todas as vantagens esportivas oferecidas pela situação. A principal delas é o incômodo que o Corinthians sentirá por ter que atuar na Vila. É como se fosse um jogador a mais. Então, vamos pô-lo em campo.
A outra vantagem esportiva é darmos aos nossos jogadores o conforto psicológico de se sentirem em casa, jogando num campo do qual conhecem todos os atalhos e sentindo-se respeitados e apoiados pelo clube em um momento tão importante e decisivo. Assim, se dedicarão ao máximo à conquista da vitória.
Outra coisa: o gramado do Santos não é pequeno, o estádio que é acanhado. Nosso gramado é maior do que o do Pacaembu. O gramado da Vila mede 105,8x70 e o Pacaembu 105,0x68, uma diferença significativa. Portanto, jogaremos até em melhores condições do que no “próprio municipal” paulistano.
Quanto à perda do dinheiro, há momentos em que a conquista esportiva é mais importante, porque dinheiro sempre haverá chance de ganhar. A passagem para as finais e a eventual conquista do título compensará regiamente a perda do momento e abrirá novas oportunidades na disputa do mundial.
A maioria da torcida será mesmo prejudicada, pois não terá acesso ao estádio, fato amplamente compensado pela transmissão em TV aberta para todo o país. Há momentos em que o torcedor precisa pensar no time, no que é melhor para a equipe, para abrir caminho para a conquista. Ninguém que queira ver o jogo deixará de fazê-lo. A frustração é compreensível, mas a escolha se dá para ajudar e dar mais força à equipe e isso é o que, no final das contas, importa. É a suprema prova de paixão do torcedor pelo time.
Em contrapartida, os privilegiados que lotarem a Vila Belmiro estarão obrigados a estimular, empurrar, berrar, gritar, cantar os 90 minutos do jogo para que Urbano Caldeira seja mesmo um caldeirão de pressão a favor de Neymar e seus companheiros.
O fundamental é que o TIME tenha as melhores condições psicológicas e esportivas para ganhar, se classificar e ir atrás do TETRA da Libertadores, um título inédito para os clubes brasileiros.
VAI PRÁ CIMA DELES, SAAAANNNNTTTOOOOOSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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