Santos tem pane, leva virada em oito minutos, e perde para o São Caetano.
Esta é foi a manchete do UOL no domingo à noite, depois da inacreditável derrota diante do tome do ABC.
Nossa equipe neste domingo em nada lembrou o time combativo que empatou contra o Internacional na quarta-feira, um empate importante, que poderia ter acabado em vitória.
Sobrou motivação em Porto Alegre, faltou motivação em São Caetano.
Está certo de que um foi jogo pela Libertadores, outro pelo Paulista - e a Libertadores é o principal campeonato que estamos disputando neste semestre.
Muricy fez certo ao escalar o time titular para que ele mantenha o ritmo e entre nos trinques contra os adversários da América do Sul. Um dos problemas do Santos contra o Barcelona – entre muitos outros – foi falta de ritmo, pelo fato do time titular ter jogado pouco antes daquela partida (repito, esse foi apenas um dos problemas).
O fato é que o Santos voltou sem ritmo no segundo tempo contra o São Caetano, talvez por menosprezar o adversário e a importância do jogo. Como o São Caetano mudou sua atitude só defensiva do primeiro tempo e foi pra cima do alvi-negro houve o pane.
É verdade que fomos roubados no segundo gol,que foi perfeitamente legal, mas teria sido um empate com sabor derrota.
Muricy completou um ano como técnico do Santos, uma feito para comemorar, depois de recuperar nosso time liderando-o na conquista da Libertadores, rodar em falso durante o Campeonato Brasileiro (por vários problemas que não foram culpa sua) e sofrer uma derrota pedagógica contra o Barcelona.
Muricy aprendeu nesse ano, especialmente no jogo do Barcelona. Está visivelmente impondo um novo ritmo de jogo ao time, que aumentou significativamente a posse de la e não se atira ao ataque atabalhoadamente. No jogo contra o Inter na quarta-feira - um adversário sério, que transformou seu estádio em um caldeirão, o mais difícil que tivemos este ano - essa posse de bola apareceu. E foi fundamental para o empate, já que o goleiro deles barrou nossa vitória.
Mas ainda temos muito a avançar, o time tem que manter a estabilidade técnica e mental, especialmente porque tudo vai ficar mais difícil agora que vamos entrar em mata-matas.
Precisaremos, sobretudo, de concentração, intensidade, entrega, motivação.
Tudo isso sobrou em Porto Alegre e faltou em São Caetano.

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