Santos FC

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domingo, 10 de maio de 2015

PINTOU O DÉCIMO COLOCADO DO BRASILEIRÃO

Durante toda a semana, a imprensa esportiva ressaltou que cada partida do Campeonato Brasileiro vale 3 pontos. Seja a primeira do campeonato, seja a última. Ressaltou, também, que vários times que estão jogando a Libertadores estariam sobrecarregados, provavelmente perderiam pontos nas primeiras partidas do Brasileirão. Seria uma ótima oportunidade para os demais ganharem pontos que farão diferença no final da competição.

Ao que parece, essas informações passaram bem longe da Vila Belmiro. O Campeão Paulista, cumprindo uma rotina estabelecida em 2006, deixou de vencer seu primeiro jogo, jogou fora 2 pontos que certamente farão falta mais para a frente.

Nosso time foi apático em campo, acomodou-se no 1x0 como se tivesse a vitória garantida, ficou trocando bola quando deveria ir para cima do adversário. Afinal, era o Campeão Paulista – com o time titular em campo, todos os jogadores descansados  – contra um Avaí que disputara um quadrangular para não cair na Segunda Divisão de Santa Catarina. 

Deu no que deu.

Jogar com raça é uma coisa rara no Santos. O Brasileirão não é o Paulista, que sempre nos traz ilusões, que faz o time pensar que é melhor do que é. 

Isso acontece todos os anos, desde 2005.

Não adianta ter Robinho, Lucas Lima, Geuvânio, Ricardo Oliveira, Gabigol, bons jogadores. É preciso raça, motivação, disputar cada bola como se fosse a última. Ter esquema de jogo.

Com o técnico atual não vamos conseguir impor essa raça nunca. Não é o seu perfil, não tem quilometragem, experiência, vivência. É preciso impor-se sobre os jogadores – e Marcelo Fernandes não tem perfil para isso. Subiu com o apoio dos jogadores, não pode ir para cima deles, ser duro, exigente. 

Creio, inclusive, que não há clima para isso no Santos hoje, pela fraqueza de sua diretoria e pela influência que os jogadores veteranos exercem. Não se percebe comando de baixo para cima, mas sim um ambiente de coexistência entre veteranos e diretores em que os primeiros acabam tendo a última palavra.

Vamos perder Robinho, o único motivador do time, para a seleção. E nem sabemos se o Milan vai concordar com sua permanência no Santos, nem se o clube terá dinheiro para mantê-lo. Assim, desenha-se uma possível perda pesada. E o que pode acontecer quando se abrir a janela de transferência para a Europa?

Enfim, nossas perspectivas não são boas para mais um Campeonato Brasileiro, uma disputa que exige um amplo plantel, fôlego e visão estratégica.

Pelo jogo de hoje, se nada mudar, se um milagre não acontecer, pintou o décimo colocado do campeonato brasileiro de 2015.



Tomara que eu queime a língua...

Um comentário:

  1. Serrano, não foi só a imprensa que salientou a importância dos jogos iniciais do certame, mas o próprio professor Marcelo Fernandes. Deu no que deu...

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