Meu coração
santista está sangrando.
Para mim,
não há justificativa coerente, plausível, aceitável, para o apoio de Luís
Álvaro ao candidato Fernando Silva à Presidência do alvinegro da Vila Belmiro.
Estimulei a
candidatura de Luís Álvaro à presidência do Santos em 2003. Como então
presidente da Resgate, fui um dos artífices de sua candidatura em 2009.
Desde 2003,
ouço as opiniões de Luís Álvaro sobre Fernando Silva. O que ouvi, durante todos
esses nove anos, me leva a duvidar da sinceridade da afirmação de que Fernando
Silva era o “Diretor de Futebol de seus sonhos”. E porque não foi?
Por que o
Comitê de Gestão, por 5x4, não aceitou a indicação de Fernando Silva ao cargo
de Superintendente de Futebol, quando seu contrato de consultor remunerado
expirou com o fim do primeiro mandato de Luís Álvaro? Por que o então
presidente do Santos não conseguiu convencer seus pares no Comitê já que dispõe
de uma retórica assertiva e sedutora?
(Adendo: fui informado, por participantes da reunião do Comitê de Gestão que decidiu por não indicar Fernando Silva para a Superintendência de Futebol, que a votação foi de 8x0, com uma abstenção, contra a indicação e não de 5x4 como Luís Álvaro declarou na entrevista em que declarou apoio à candidatura do ex-consultor remunerado).
(Adendo: fui informado, por participantes da reunião do Comitê de Gestão que decidiu por não indicar Fernando Silva para a Superintendência de Futebol, que a votação foi de 8x0, com uma abstenção, contra a indicação e não de 5x4 como Luís Álvaro declarou na entrevista em que declarou apoio à candidatura do ex-consultor remunerado).
Conversei
com Luís Álvaro, na companhia de meu amigo Marcos Fonseca, na quarta-feira, 1
de outubro, sobre quem ele apoiaria na eleição. Em resposta, ele nos disse que
apresentaria a Fernando Silva um documento alinhando princípios e posturas
éticas que o candidato deveria a seguir caso fosse eleito e que se ele o
assinasse o apoiaria. Terá apresentado? Não sei. Mas me pergunto porque ele
pensou em condicionar o apoio à assinatura no documento?
Fui um dos
maiores apoiadores, senão o maior, da gestão de Luís Álvaro no Conselho
Deliberativo do Santos. Sugeri uma homenagem a ele quando se afastou por motivo
de doença. Na hora da proposta do impeachment estava ao seu lado, assim como
vários outros santistas, enquanto muitos de seus atuais e novos companheiros de
viagem se omitiram oportunisticamente.
Ele foi o
segundo presidente mais vitorioso do Santos, só atrás de Athiê Jorge Coury, mas
quando se afastou, por doença, abriu-se um vácuo no comando do clube e quando
Odilio Rodrigues conseguiu pôr as mãos firmemente no comando os problemas se acumulavam
– e estão sendo enfrentados na medida do possível, com acertos e erros.
Sai daquela
conversa de 1 de outubro arrasado, já com o coração sangrando. Hoje, ao vê-lo
ao lado de Fernando Silva, na foto da entrevista coletiva em São Paulo, a ferida abriu
mais um pouco.
Meu pai
dizia uma frase que não esqueço: “Ninguém sabe o mal que se esconde nos
corações humanos”. Não creio que Luís Álvaro agiu por mal, mas sim por incoerência
inexplicável.
Mal ele está
fazendo à sua história no Santos Futebol Clube.
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