Santos FC

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

MEU CORAÇÃO SANTISTA ESTÁ SANGRANDO PELA OPÇÃO DE LAOR NA ELEIÇÃO DO FIM DO ANO

Meu coração santista está sangrando.

Para mim, não há justificativa coerente, plausível, aceitável, para o apoio de Luís Álvaro ao candidato Fernando Silva à Presidência do alvinegro da Vila Belmiro.

Estimulei a candidatura de Luís Álvaro à presidência do Santos em 2003. Como então presidente da Resgate, fui um dos artífices de sua candidatura em 2009.

Desde 2003, ouço as opiniões de Luís Álvaro sobre Fernando Silva. O que ouvi, durante todos esses nove anos, me leva a duvidar da sinceridade da afirmação de que Fernando Silva era o “Diretor de Futebol de seus sonhos”. E porque não foi?

Por que o Comitê de Gestão, por 5x4, não aceitou a indicação de Fernando Silva ao cargo de Superintendente de Futebol, quando seu contrato de consultor remunerado expirou com o fim do primeiro mandato de Luís Álvaro? Por que o então presidente do Santos não conseguiu convencer seus pares no Comitê já que dispõe de uma retórica assertiva e sedutora?

(Adendo: fui informado, por participantes da reunião do Comitê de Gestão que decidiu por não indicar Fernando Silva para a Superintendência de Futebol, que a votação foi de 8x0, com uma abstenção, contra a indicação e não de 5x4 como Luís Álvaro declarou na entrevista em que declarou apoio à candidatura do ex-consultor remunerado).

Conversei com Luís Álvaro, na companhia de meu amigo Marcos Fonseca, na quarta-feira, 1 de outubro, sobre quem ele apoiaria na eleição. Em resposta, ele nos disse que apresentaria a Fernando Silva um documento alinhando princípios e posturas éticas que o candidato deveria a seguir caso fosse eleito e que se ele o assinasse o apoiaria. Terá apresentado? Não sei. Mas me pergunto porque ele pensou em condicionar o apoio à assinatura no documento?

Fui um dos maiores apoiadores, senão o maior, da gestão de Luís Álvaro no Conselho Deliberativo do Santos. Sugeri uma homenagem a ele quando se afastou por motivo de doença. Na hora da proposta do impeachment estava ao seu lado, assim como vários outros santistas, enquanto muitos de seus atuais e novos companheiros de viagem se omitiram oportunisticamente.

Ele foi o segundo presidente mais vitorioso do Santos, só atrás de Athiê Jorge Coury, mas quando se afastou, por doença, abriu-se um vácuo no comando do clube e quando Odilio Rodrigues conseguiu pôr as mãos firmemente no comando os problemas se acumulavam – e estão sendo enfrentados na medida do possível, com acertos e erros.

Sai daquela conversa de 1 de outubro arrasado, já com o coração sangrando. Hoje, ao vê-lo ao lado de Fernando Silva, na foto da entrevista coletiva em São Paulo, a ferida abriu mais um pouco.

Meu pai dizia uma frase que não esqueço: “Ninguém sabe o mal que se esconde nos corações humanos”. Não creio que Luís Álvaro agiu por mal, mas sim por incoerência inexplicável.


Mal ele está fazendo à sua história no Santos Futebol Clube. 

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