Nosso Santos permanece estacionado no nono lugar da
tabela do Brasileirão, depois do empate contra o Grêmio em Porto Alegre, em mais
um jogo em que deixou muito a desejar. Parece que alugamos o espaço intermediário
da classificação, oscilando permanentemente entre o nono, o décimo e o décimo
primeiro lugares.
Por isso, me debruço sobre o fato que considero o
mais importante para o clube nesta semana: o lançamento da candidatura de Nabil
Khaznadar à presidência do alvinegro da Vila Belmiro pela Eu Sou Santos.
Como na história de milhares de santistas, Pelé é
culpado por Nabil torcer pelo alvinegro da Vila Belmiro. Aos 8 anos de idade, em
1969, Nabil assistiu no Morumbi um jogo Santos x Corinthians em que o nosso
camisa 10 fez o diabo. Foi o suficiente para ele virar um santista fanático.
Quatro anos depois, em 1973, com apenas 12 anos de
idade, contrariando seus pais, Nabil entrou para a Torcida Jovem, então
presidida por Cosmo Damião. Nunca esqueceu que quem fez sua inscrição, lá na
antiga sede paulistana da Torcida Jovem, na Avenida Senador Queiroz, no centro
de São Paulo, foi o Sr. Omar, que não era qualquer um.
Era o ponta direita do lendário ataque de 100 gols
do Santos, em 1927, Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. Seu número de
inscrição foi 754. “O Sr. Omar era sensacional, vivia insistindo para nos
tornarmos sócios do clube, dizendo que éramos o futuro do Santos”, lembra
Nabil.
Ele
levou mais de dez anos para poder atender o conselho do Sr. Omar. Associou-se
em 1984 e, de imediato, comprou uma cadeira por Cr$ 700,00. Quase outra década
depois, deu outro passo para se envolver ainda mais com o time do coração: concorreu
ao Conselho Deliberativo, junto com um grupo de sócios amigos, entre eles o
vereador paulistano Celso Jatene. Entre 1993 e 1997 foi suplente. A partir de
1997 tornou-se Conselheiro eleito. E hoje é Coordenador em São Paulo do grupo
Eu Sou Santos.
Casado há 21 anos, duas filhas, Nabil é conhecido por seu espírito empreendedor.
Originário de uma família que sempre trabalhou com roupas foi franqueado da
Hugo Boss, tendo sido sócio de Emerson Fittipaldi em várias lojas. Trouxe para
o Brasil marcas como Puma. Depois, introduziu no país a Polo Ralph Lauren, com
a qual trabalha até hoje e também controla a marca Penguin, com quatro lojas no
país.
Como escrevi anteontem em minha página no facebook, para mim Nabil é o
melhor nome para recolocar o Santos nos caminhos do profissionalismo, competência,
competitividade e títulos.
A Eu Sou Santos, que Nabil coordena, trabalha para garantir a
governabilidade do clube, neste momento difícil que o alvinegro da Vila Belmiro
atravessa. O grupo reconhece o esforço dos membros do Comitê de Gestão para administrar o
Santos nas atuais condições, mas acredita que é preciso adotar políticas
administrativas e esportivas mais dinâmicas e eficientes para o clube. Tem
noção clara dos acertos, que foram muitos e nos renderam seis títulos do time
profissional, e dos erros cometidos nos últimos cinco anos.
O que se deve fazer para fortalecer novamente o Santos no panorama do
futebol brasileiro e mundial será apresentado por Nabil e sua chapa ao longo da
campanha eleitoral, que já está na rua e promete ser quente e polêmica.

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