Ganhamos bem
contra times fracos, cujos atacantes, felizmente, não sabem chutar a gol,
porque se soubessem o resultado poderia ter sido diferente.
As duas
partidas tiveram algo em comum: só jogamos 45 minutos. Contra o Bahia, no
segundo tempo. Contra o Criciúma , no primeiro tempo.
No primeiro
tempo deste domingo, o Santos fez dois gols que tiveram a marca de seu melhor
futebol, com Arouca brilhando como nunca.
Mas o brilho
ficou no vestiário, não voltou no segundo tempo.
Cicinho
justificou a atitude defensiva do time na segunda etapa dizendo que o resultado
já tinha sido feito. Ele deveria
conversar com o velho capitão Zito que ensinava: “Se puder ganhar de 10, vamos
ganhar, é o resultado que fica registrado na história”
Bom, mas
esse foi um devaneio saudosista de minha parte. Voltemos à realidade.
O Santos tem razões para justificar as más atuações neste primeira fase do Campeonato.
A primeira
delas é a dezena de contusões de titulares.
Dos contundidos,
dois me deixam com saudades e fizeram enorme falta em nossa defesa, Dracena e
Gustavo Henrique.Foi muito azar os dois terem sofridos duas lesões tão
parecidas e graves.
A grande
contratação, Leandro Damião, mais atrapalhou do que ajudou o time. A
obrigatoriedade de escalá-lo prejudicou o entrosamento dos meninos, sem
oferecer nada em troca. Foi surpreendente saber que ele chegou com pubalgia e o
técnico não sabia. Sua contusão acabou ajudando o time.
O episódio
Cícero foi inacreditável. O Santos foi vítima de falta de profissionalismo do
jogador. Contrato é contrato, deve ser cumprido. Era um jogador importante
enquanto estava comprometido com o clube. Não fez nenhuma falta nos dois
últimos jogos.
O técnico
Oswaldo de Oliveira passou a maior parte deste início de temporada se
justificando e dando cotovelas verbais no Comitê de Gestão do clube. Não
conseguiu montar um esquema de jogo e, é verdade, as dezenas de contusões o
atrapalharam. Precisa parar de reclamar do Santos jogar fora da Vila Belmiro
quando é mandante. Precisa entender que o clube opta por isso para aumentar sua
arrecadação e satisfazer sua grande torcida fora da cidade de Santos. É uma questão
estratégica que não cabe ao treinador comentar. Só aceitar.
Todos os times
vão se reinventar para a fase pós Copa do Brasileirão. Todos esperamos que o
Santos se dedique a isso com afinco. As férias de quinze dias que o elenco vai
ter não ajuda nesse esforço.
Hoje,
falaram na TV que Souza e Vargas estariam a caminho. Não são contratações que
enchem os olhos. Se ocorrerem, indicam que teremos um time de jogadores mais
rodados, sem muito lugar para os meninos, que precisam jogar para crescer.
Se for essa
concepção que vai prevalecer, espera-se que Oswaldo de Oliveira consiga, ao
menos, dar um padrão de jogo definido para o time.
Nosso
segundo semestre tem que ser o inverso do primeiro.
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