Santos FC

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domingo, 27 de outubro de 2013

GANHAMOS UM PONTO OU PERDEMOS DOIS?

Esperava-se no Santos, pelo que foi publicado na imprensa ao longo da semana, que o Corinthians iria para cima de nosso time para superar o trauma da desclassificação na Copa do Brasil.

Foi o que aconteceu. Até os 35 minutos do primeiro tempo, o Corinthians marcou sob pressão a saída de bola do Santos, repetindo seu esquema de sucesso no ano passado.

Nesse período, nas poucas vezes em que conseguiu chegar perto da área adversária, o Santos não tinha atacantes para dar  sequencia final às jogadas. Lá na frente só tínhamos o Montillo, sozinho, sozinho, sem ter com quem jogar. Everton Costa e William José nada faziam.

Mas, devido ao esforço e ao calor da Morada do Sol, o Corinthians, com 1x0 a favor, perdeu fôlego e nós crescemos, principalmente via Mena e Cicinho.

O scout do primeiro tempo deu posse de bola de 50% para os dois times, mas a nossa foi absolutamente dispersa e ineficiente. O volume de passes errados também era alarmante.

O cenário era preocupante.

No segundo tempo, nosso alvi-negro cresceu, o jogo ficou parelho, até mais favorável para nós. Conseguíamos chegar com facilidade pelo lado direito deles, com boas triangulações envolvendo Montillo e Mena, principalmente. Numa dessas, empatamos por intermédio da grande revelação que é o zagueiro Gustavo Henrique. Ele acreditou na jogada, se meteu na área e fez o empate.

Os dois times poderiam ter feito o segundo gol. A trave nos salvou e o Everton Costa, MEU DEUS!!!!!!!, nem vou falar mais nada...

Quem diria que um Thiago Ribeiro faz falta ao time do Santos...

Ganhamos um ponto ou perdemos dois?

Se era esperado que o Corinthians viria para cima, deveríamos nós termos ido para cima deles logo no começo do jogo para surpreender e inverter a lógica pré-determinada.

Tivemos uma semana para treinar e dois dias para armar uma estratégia depois da desclassificação do Corinthians na quarta-feira. Mas jogamos como sempre, sem considerar que era um jogo especial, importante, em que uma vitória encheria de gás o Santos para tentar chegar ao G4.

Do jeito que foi, acho que ganhamos um ponto.

CEM ANOS DO CLÁSSICO

O Corinthians ficou com o troféu pela disputa de cem anos do clássico, o mais antigo de São Paulo. Não sei exatamente quais eram as regras, mas o time paulistano ficou com a taça porque teve um cartão amarelo a menos, somados todos os confrontos deste ano. Acho que foi isso. Se não foi, me corrijam.

O primeiro jogo, cem anos atrás, em 1913, foi vencido pelo Santos por 6x3. Disputado pelo Campeonato Paulista, aqui em São Paulo, no Parque Antárctica. Meu avô Ricardo Pinto de Oliveira e meu tio-avô Arnaldo Silveira, jogaram pelo time do Santos.

A MORADA DO SOL

O estádio da Ferroviária, em Araraquara, a terra da Morada do Sol, onde o clássico foi disputado, chama-se Adhemar de Barros, ex-interventor e governador de São Paulo e ex-prefeito da capital paulista, a quem primeiro se aplicou o epíteto de “rouba, mas faz”.

Estive algumas vezes nesse estádio, nos anos 60, acompanhando jogos do Santos contra a Ferroviária, à época um time de peso médio, que complicava a vida dos grandes. Revelou grandes jogadores, como Peixinho e Ismael, que atuaram no Santos, Bazzani, no Corinthians e Dudu, no Palmeiras.

E viajava em companhia de meu pai, Juan Manuel Serrano, que transportava em nossa Kombi Luxo a equipe de esportes da Rádio Atlântica de Santos, comandada pelo lendário narrador  Ernani Franco. Meu pai e o diretor técnico da equipe da Rádio Atlântica, Mário Maria Cardoso, eram rádio-amadores e daí nasceu a parceria para as viagens nas andanças do Santos.

Em todas as vezes que fui à Araraquara, eu tentava ficar no gramado, mas sempre aparecia um fiscal da FPF e me tirava dali. O estádio tinha o mesmo formato atual, mas as arquibancadas eram de madeira, não tinha as cadeiras nem a cobertura atual, que são produto de uma reforma recente.


Bons tempos aqueles, de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

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