O sonho de uma arena do Peixe pode ganhar um reforço de peso, pelo menos, para dividir despesas e responsabilidades. Considerada a quarta força do futebol na Capital e quinta no Estado, a Portuguesa de Desportos, a Lusa, pode ser a parceira do Santos na administração do espaço multiuso que vai surgir até 2014. A Tribuna On-line apurou que a licitação será aberta já no mês de novembro.
Como Corinthians e Palmeiras terão suas arenas no próximo ano, o São Paulo já possui o Morumbi, Santos e Portuguesa ficariam sem um estádio no mesmo nível dos rivais. Dentro do que vem sendo conversado, está a refoma e modernização tanto na Vila Belmiro quanto o Estádio do Canindé, que passariam a receber jogos de menor porte.

A administração e despesa da arena multiuso seriam divididas entre Santos e Portuguesa de Desportos
A administração e despesa da arena multiuso seriam divididas entre Santos e Portuguesa de Desportos
A OAS/Arenas tem se reunido com as direções dos dois clubes para discutir detalhes da transformação do Pacaembu na arena multiuso. A empresa apresentou soluções para alguns entraves no projeto como a manutenção da entrada principal do local, tombada pelo patrimônio histórico, e a cobertura do estádio na Capital, que evitaria a propagação do som alto e possibilitaria a realização de grandes shows e eventos.
O exemplo é o antigo Estádio Olímpico, em Berlim, na Alemanha, construído na década de 30, foi transformado em uma arena para a Copa de 2006. O local possui uma cobertura que praticamente isola o som interno e não perturba quem está do lado de fora. Atualmente é a casa do Hertha Berlin e tem capacidade para 74 mil pessoas.
A empreiteira baiana é responsável por diversas obras pelo Brasil e também novos estádios para a Copa do Mundo de 2014. A empresa construiu a Arena Fonte Nova, em Salvador, a Arena Dunas, em Natal, e Estádio João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro. A Arena/Grêmio, em Porto Alegre, também foi erguida por eles.
O valor da licitação é de cerca de R$ 350 milhões. A empresa vencedora terá de fazer as reformas necessárias para a sua modernização. Atualmente, o custo de manutenção do local é de R$ 11 milhões/ano.