Santos FC

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TEMPOS DIFÍCEIS PELA FRENTE

 Com a desclassificação da Copa do Brasil, o Comitê de Gestão renovado começa seu trabalho em um momento de extrema fragilidade do time do Santos.

O alvinegro teria força para passar, mas ao contrário do jogo na Vila, a sorte esteve contra nós. A contusão de Montillo, nosso melhor jogador, nos condenou. Também ficou claro que a nova geração ainda precisa de muita musculatura para se impôr em campo.

E assim vamos para mais um segundo semestre tendo que fazer milagres no Brasileirão, o que não conseguimos desde 2010. O time atual tem fôlego para beliscar o G4? Muito difícil, o que nos acena com 2014 fora da Libertadores, com todas as consequências isso trás, especialmente em arrecadação, exposição e, portanto, em possibilidades de patrocínio.

A desclassificação de hoje tem consequências a longo prazo.

E a reconstrução desse longo prazo passa por decisões que precisam ser tomadas agora. A primeira é a manutenção, ou não, do técnico Claudinei Oliveira, num momento em que não há no mercado nenhum nome que me agrade.

Já fui contra a contratação de Bielsa, porque ele seria um técnico que ocuparia espaço demais no clube, mas hoje já repenso a questão. Ele talvez fosse o tratamento de choque que o clube precisa, até diante dos desafios que se colocam diante do Comitê de Gestão renovado.

Por questões familiares, não pude ir à reunião do Conselho Deliberativo que votou os novos membros do Comitê. Há bons nomes, mas que precisam tomar conhecimento do quadro antes de desenvolver uma nova estratégia política. É um desafio.

Incompreensível, para mim, foi o convite para o conselheiro José Paulo Fernandes, um dos líderes do pedido de impeachment ao presidente licenciado Laor, compor o Comitê.

Foi uma composição política que premiou a ala que irresponsavelmente bateu o bumbo do impeachment, sem se preocupar com os prejuízos que causaria à reputação do clube.

Uma derrota de 8x0 no campo é superada por vitórias. Um pedido de impeachment carimba a imagem de instabilidade na administração de um clube, o que gera desconfiança em potenciais parceiros  - desconfiança que leva tempo para se diluir.

Pedi licença por seis meses de meu mandato no Conselho Deliberativo. Quero fazer um balanço do que aconteceu nos últimos  3,5 anos no Santos. Dos bons e maus momentos, dos erros e dos acertos. Houve mais acertos do que erros, afinal foram conquistados seis títulos, inclusive uma Libertadores, mas muitos dos erros poderiam ter sido evitados.

Desejo muita inspiração para Odílio e o Comitê de Gestão nesta temporada que se inicia. 

Não será fácil. 

A hora é de calma e pé no chão, de reconstrução vagarosa e firme.

2 comentários:

  1. Bielsa ocuparia espaço demais no clube? Você estava com medo de seu grupo perder espaço para o técnico?

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  2. Meu caro não reduza as coisas a questões de grupo. Para mim, o clube deveria ter uma estratégia para o futebol que todo técnico deve seguir. Com Bielsa isso não aconteceria, mas no momento seria melhor, devido à falta de definições.

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