O alvinegro
teria força para passar, mas ao contrário do jogo na Vila, a sorte esteve
contra nós. A contusão de Montillo, nosso melhor jogador, nos condenou. Também
ficou claro que a nova geração ainda precisa de muita musculatura para se impôr
em campo.
E assim
vamos para mais um segundo semestre tendo que fazer milagres no Brasileirão, o
que não conseguimos desde 2010. O time atual tem fôlego para beliscar o G4?
Muito difícil, o que nos acena com 2014 fora da Libertadores, com todas as consequências
isso trás, especialmente em arrecadação, exposição e, portanto, em
possibilidades de patrocínio.
A
desclassificação de hoje tem consequências a longo prazo.
E a
reconstrução desse longo prazo passa por decisões que precisam ser tomadas
agora. A primeira é a manutenção, ou não, do técnico Claudinei Oliveira, num
momento em que não há no mercado nenhum nome que me agrade.
Já fui
contra a contratação de Bielsa, porque ele seria um técnico que ocuparia espaço
demais no clube, mas hoje já repenso a questão. Ele talvez fosse o tratamento
de choque que o clube precisa, até diante dos desafios que se colocam diante do
Comitê de Gestão renovado.
Por questões
familiares, não pude ir à reunião do Conselho Deliberativo que votou os novos
membros do Comitê. Há bons nomes, mas que precisam tomar conhecimento do quadro
antes de desenvolver uma nova estratégia política. É um desafio.
Incompreensível,
para mim, foi o convite para o conselheiro José Paulo Fernandes, um dos líderes
do pedido de impeachment ao presidente licenciado Laor, compor o Comitê.
Foi uma
composição política que premiou a ala que irresponsavelmente bateu o bumbo do
impeachment, sem se preocupar com os prejuízos que causaria à reputação do clube.
Uma derrota
de 8x0 no campo é superada por vitórias. Um pedido de impeachment carimba a
imagem de instabilidade na administração de um clube, o que gera desconfiança
em potenciais parceiros - desconfiança
que leva tempo para se diluir.
Pedi licença
por seis meses de meu mandato no Conselho Deliberativo. Quero fazer um balanço
do que aconteceu nos últimos 3,5 anos no
Santos. Dos bons e maus momentos, dos erros e dos acertos. Houve mais acertos
do que erros, afinal foram conquistados seis títulos, inclusive uma Libertadores, mas muitos dos erros poderiam ter sido evitados.
Desejo muita
inspiração para Odílio e o Comitê de Gestão nesta temporada que se inicia.
Não será
fácil.
A hora é de calma e pé no chão, de reconstrução vagarosa e firme.
Bielsa ocuparia espaço demais no clube? Você estava com medo de seu grupo perder espaço para o técnico?
ResponderExcluirMeu caro não reduza as coisas a questões de grupo. Para mim, o clube deveria ter uma estratégia para o futebol que todo técnico deve seguir. Com Bielsa isso não aconteceria, mas no momento seria melhor, devido à falta de definições.
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