Quanto ao jogo deste domingo contra o São Paulo, a melhor coisa que aconteceu foram as entradas do Dimba e do Vitor Andrade, o nosso futuro. Quanto ao resto, já era esperado, inclusive a péssima atuação do Felipe Anderson. Esse rapaz não dá mais...é promessa não realizada.
O que nos importa nesta semana é o jogo de quarta-feira, contra o Corinthians.
Nossos adversários estarão jogando o jogo do ano para não dizer de suas vidas. Vão chegar na quarta-feira tensos, nervosos, ansiosos, principalmente por causa do resultado magro contra o Figueirense só com 10. Estarão pressionados por uma Vila Belmiro congestionada de santistas.
Nosso time tem que entrar consciente de sua superioridade, mesmo desfalcado de Ganso e Arouca. E por uma razão muito simples, porque é melhor mesmo, mais experiente, com mais vivência de Libertadores.
Nosso time estará representando um clube com 3 títulos da Libertadores – dos quais um conquistado pela equipe atual – contra um obcecado por nunca ter chegado lá, obsessão pior do que a que cultivaram nos 23 anos que não conquistaram o Campeonato Paulista, nos tempos em que essa competição era a principal do calendário brasileiro. Estará representando um clube que sustentou um tabu de 11 anos sem derrotas - muitas vitórias e alguns empates - para o Corinthians também no Campeonato Paulista, outra espinha que os incomodava muito.
Jogaremos contra um time medíocre, como reconheceu publicamente o seu diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg.
Mas que segue um esquema de jogo bem azeitado por seu técnico Tite, com toda a sua competência concentrada na defesa. Seu ataque é pouco inspirado, mal fazendo um gol por jogo. Entremeado a isso, porém, o time joga com uma garra invejável, pondo o coração na ponta das chuteiras durante os 90 minutos da partida. É isso, principalmente, que eles apresentarão na quarta-feira na Vila Belmiro.
O Santos deve impôr suas qualidade e superioridade com calma, com muitos passes de um lado para o outro, controlando jogo, até que apareça a oportunidade do gol. Sem pressa, com consciência. Não podemos tomar gol, o doloroso gol em casa que desequilibra a disputa na segunda partida – fazê-lo vai ser tudo o que o Corinthians vai tentar para chegar resguardado ao jogo do Pacaembu no dia 20.
Esse jogo paciente que proponho tem que ser entendido pela torcida da Vila. Mais que entendido tem que ser incentivado. Não poderemos confundir paciência com desinteresse, troca de passes com falta de garra, frieza com ausência de dedicação. A torcida da Vila precisa, como já escrevi aqui, cantar todo o tempo, gritar todo o tempo, empurrar o time todo o tempo. Esse comportamento será fundamental, nos tornará o 12° jogador de fato, ajudará a encurralar o Corinthians, fazê-los sentir a pressão, muita pressão.
Nosso time é melhor que o deles e nesta quarta-feira nossa torcida também será muito maior do que a deles.
Não esqueçamos que o “mercado”, os interesses que giram em torno do futebol, estão tor$$endo muito para que o Corinthians seja campeão da Libertadores. Para eles é muito mai$ importante ganhar dinheiro em cima da segunda maior torcida do país do que ver o futebol de talento, criatividade, genialidade do Santos, o verdadeiro futebol brasileiro, triunfar,
Vamos pras cabeças!
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