Sem o melhor e desleal craque do Bolívar em campo, a covarde altitude, restabeleceu-se a verdade do futebol na Vila Belmiro. Em campo é força de expressão, porque ela não entra no gramado, não pode ser anulada, nem enfrentada na bola, reina anônima no ambiente tirando o fôlego dos adversários, por isso é covarde. Falou bem o comentarista da Fox ao dizer que o futebol da Bolívia só existe na altitude de La Paz. Sem ela, derrota acachapante, 8x0.
O Santos não teve a menor dificuldade para se impôr, fez os gols que quis, quando quis.
Foram nascendo naturalmente, sem esforço, pois o Bolívar, sem o craque altitude, é muito fraco, Algum dia a Conmebol vai acabar com essa obrigatoriedade ridícula de jogar nessa altitude, passando por cima das patriotadas do presidente Evo Morales, que reagiu quando houve a primeira tentativa de mudança como se estivesse defendendo a honra da Bolívia.
Neymar
Por mais que a gente tivesse certeza de que o Santos passaria, sempre há uma pitada de incerteza sobre o grau de dificuldade que um adversário como o Bolívar poderia impor, ainda mais porque se fizessem 1 gol obrigariam o Santos a fazer 3. Felizmente, o inspirado chute de Elano aos cinco minutos de jogo – que já nos dava a classificação – obrigou o Bolívar a sair para o jogo. Tecnicamente inferior e tendo que atacar, o Bolívar virou presa fácil.
Todos os gols foram bonitos, mas é preciso destacar a letra do Ganso, a açucarada triangulação Neymar, Ganso e Borges, a cobrança de falta do Ganso. E o empenho de todo mundo. O Santos só diminuiu o ritmo quando fez os 8x0. Construir essas goleadas atemoriza os futuros adversários do nosso time, fazendo-os jogar com mais cautela, o que nos favorece.
Ganso

Agora vem aí o portenho Velez Sarsfield, time do qual meu pai, Juan Manuel Serrano, que era de Buenos Aires, foi sócio-atleta na década de 1920, começo da de 1930. Santista apaixonado, ficaria emocionado com esse jogo, mas vai torcer pelo alvi-negro da Vila Belmiro ao lado de Deus, de seu sogro Ricardo, que jogou nos primeiros times do Peixe e de seu neto, meu filho Gustavo.
Vão precisar torcer muito, pois agora as coisas ficarão mais difíceis para o Santos. Embora não seja um time que brilhe pela técnica, é argentino e joga com a raça portenha. O Santos precisará praticar seu futebol equilibrado, mostrando eficiência na defesa, boa proteção no meio de campo, e inspiração de nosso ataque. Enfim, o Santos no melhor estilo Muricy, bem plantado e ofensivo.
Antes desse jogo, o Santos deverá por as duas mãos na taça de Campeão Paulista, proporcionando uma bela festa para nossa torcida no Morumbi, que está se transformando em nossa terceira “casa”, tantas vitórias conseguimos nela,especialmente sobre o seu dono.
Enfim, no domingo com toda a certeza estaremos repetindo o feito do time liderado por Pelé, um tri-campeonato paulista e estamos no caminho de superá-lo na Libertadores, também conquistando o Tri das Américas.
PELÉ
Pode um time ser tão abençoado?
Pode, se chamar-se Santos Futebol Clube!!!!!!!!


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