Depois da vitória no Mundial Inter-clubes, Daniel Alves deitou e rolou dando conselhos para o Neymar ir para o Barcelona, dizendo que seria muito bem recebido, etc, etc... E a imprensa, claro, deu a maior repercussão às suas declarações, principalmente os colonizados cronistas esportivos brasileiros que acham que o futuro dos bons jogadores tupiniquins está na Europa.
Esta semana, Daniel Alves demonstrou na prática como estava completamente enganado ao tentar seduzir Neymar. Os leitores deste blog devem ter lido na mídia que Daniel Alves foi repreendido pelo técnico Pep Guardiola e pelo colega Carlos Puyol por ter feito uma dancinha na comemoração de um gol de seu time. Guardiola proibiu que os jogadores fizessem esse tipo de comemoração.
Já imaginaram Neymar nesse ambiente sisudo? Sem poder fazer dancinhas depois de seus gols, sendo reprimido e proibido de repeti-las? Começaria nesse exato momento seu descontentamento com o time e o ambiente que o cercaria.
Eu acho até que ele seria proibido de dar os dribles que entortaram seu marcador sãopaulino, que parou-o com uma trauletada que lhe rendeu um cartão amarelo e a substituição no intervalo. Os europeus acham que esse tipo de performance não cabe no futebol “sério” que praticam.
O futebol de Neymar é alegria, imprevisibilidade, desconcerto, surpresa. É festa. É brasileiro. É corajoso, competitivo, eficiente, goleador. Reúne as melhores facetas do futebol bem jogado.
Amarrado pela sisudez européia, Neymar morreria de saudades dos campos brasileiros em poucos jogos. Por isso, tomou a decisão certa ao ficar por aqui e acertará ainda mais se continuar depois de 2014.
O ESTRESSE DE GUARDIOLA
Lembram-se que o “gênio” Guardiola, depois da vitória sobre o Santos, no Japão, disse que o Barcelona jogava como o Brasil de antigamente, como seu pai lhe havia ensinado?
Pois é, ao anunciar sua saída do Barcelona, na semana passada, Guardiola disse que depois de quatro anos no comando do time ele achava difícil ter “motivação” para “motivar” seus jogadores a continuarem jogando em alto nível, como vinham fazendo nos últimos anos. Ou seja, para apresentar esse futebol tão decantado atualmente, os jogadores do Barcelona teriam que atuar permanentemente nos cascos, dando o máximo de si em todos os jogos. É tão intenso, exige tanto esforço, concentração, foco, energia que o técnico não agüentou mais a tensão do dia a dia, de cada torneio, de cada temporada. E está caindo fora depois de escassos quatro anos, depois de ganhar 13 das 16 competições em que comandou a equipe.
Aqui no Brasil nos tempos do futebol que o pai de Guardiola admirava, aquele que inspirou seu filho, o técnico Luís Alonso, o Lula, dirigiu o Santos, o melhor time do mundo por longos 13 anos e só saiu do cargo depois que se desentendeu com os jogadores por motivo que nada teve a ver com futebol.
Acompanhei essa época muito de perto e não tenho notícia de que Lula vivia tenso, sob permamente estresse para fazer aquele time brilhar. Injustamente, até dizia-se que o trabalho dele era jogar as camisas para cima e deixar que os jogadores pegassem a que quisessem para ir à campo. Ganhou, se não contei errado, 37 títulos entre torneios paulistas, nacionais e internacionais.
Ocorre que Lula dirigiu o maior time de futebol da história de todos os tempos, em que os craques, liderados pelo Atleta do Século, Pelé, brilhavam com alegria, leveza, criatividade, genialidade, praticando o futebol brasileiro, o futebol tamborim. Simples assim.
O Santos de Neymar e Ganso, não tem a mesma qualidade em todas as posições como a equipe dos anos 60, de Pelé. Mas, adaptado ao futebol competitivo de hoje, vai pelo menos caminho.
Sem que precise de um técnico que “motive” os jogadores, apenas que arme um bom esquema tático e deixe-os jogar o seu futebol brasileiro.
Bye, bye Guardiola e longa vida a Muricy no Santos.
Esta semana, Daniel Alves demonstrou na prática como estava completamente enganado ao tentar seduzir Neymar. Os leitores deste blog devem ter lido na mídia que Daniel Alves foi repreendido pelo técnico Pep Guardiola e pelo colega Carlos Puyol por ter feito uma dancinha na comemoração de um gol de seu time. Guardiola proibiu que os jogadores fizessem esse tipo de comemoração.
Já imaginaram Neymar nesse ambiente sisudo? Sem poder fazer dancinhas depois de seus gols, sendo reprimido e proibido de repeti-las? Começaria nesse exato momento seu descontentamento com o time e o ambiente que o cercaria.
Eu acho até que ele seria proibido de dar os dribles que entortaram seu marcador sãopaulino, que parou-o com uma trauletada que lhe rendeu um cartão amarelo e a substituição no intervalo. Os europeus acham que esse tipo de performance não cabe no futebol “sério” que praticam.
O futebol de Neymar é alegria, imprevisibilidade, desconcerto, surpresa. É festa. É brasileiro. É corajoso, competitivo, eficiente, goleador. Reúne as melhores facetas do futebol bem jogado.
Amarrado pela sisudez européia, Neymar morreria de saudades dos campos brasileiros em poucos jogos. Por isso, tomou a decisão certa ao ficar por aqui e acertará ainda mais se continuar depois de 2014.
O ESTRESSE DE GUARDIOLA
Lembram-se que o “gênio” Guardiola, depois da vitória sobre o Santos, no Japão, disse que o Barcelona jogava como o Brasil de antigamente, como seu pai lhe havia ensinado?
Pois é, ao anunciar sua saída do Barcelona, na semana passada, Guardiola disse que depois de quatro anos no comando do time ele achava difícil ter “motivação” para “motivar” seus jogadores a continuarem jogando em alto nível, como vinham fazendo nos últimos anos. Ou seja, para apresentar esse futebol tão decantado atualmente, os jogadores do Barcelona teriam que atuar permanentemente nos cascos, dando o máximo de si em todos os jogos. É tão intenso, exige tanto esforço, concentração, foco, energia que o técnico não agüentou mais a tensão do dia a dia, de cada torneio, de cada temporada. E está caindo fora depois de escassos quatro anos, depois de ganhar 13 das 16 competições em que comandou a equipe.
Aqui no Brasil nos tempos do futebol que o pai de Guardiola admirava, aquele que inspirou seu filho, o técnico Luís Alonso, o Lula, dirigiu o Santos, o melhor time do mundo por longos 13 anos e só saiu do cargo depois que se desentendeu com os jogadores por motivo que nada teve a ver com futebol.
Acompanhei essa época muito de perto e não tenho notícia de que Lula vivia tenso, sob permamente estresse para fazer aquele time brilhar. Injustamente, até dizia-se que o trabalho dele era jogar as camisas para cima e deixar que os jogadores pegassem a que quisessem para ir à campo. Ganhou, se não contei errado, 37 títulos entre torneios paulistas, nacionais e internacionais.
Ocorre que Lula dirigiu o maior time de futebol da história de todos os tempos, em que os craques, liderados pelo Atleta do Século, Pelé, brilhavam com alegria, leveza, criatividade, genialidade, praticando o futebol brasileiro, o futebol tamborim. Simples assim.
O Santos de Neymar e Ganso, não tem a mesma qualidade em todas as posições como a equipe dos anos 60, de Pelé. Mas, adaptado ao futebol competitivo de hoje, vai pelo menos caminho.
Sem que precise de um técnico que “motive” os jogadores, apenas que arme um bom esquema tático e deixe-os jogar o seu futebol brasileiro.
Bye, bye Guardiola e longa vida a Muricy no Santos.
Serrano,
ResponderExcluirPois é, vivemos na época do políticamente correto... onde driblar, extravazar na comemoração, fazer o simples e improvisar, não si pode mais.
O segredo de qualquer profissão é fazer o que gosta, é estar feliz o tempo todo, é sentir-se realizado consigo mesmo. Pode até parecer egoísmo, mas é assim que cada um produz o melhor de si.
O Neymar será sucesso onde quer que jogue, mas é quase impossível que consiga ser mais feliz em outro lugar. O lugar dele é aqui.