Para conquistarmos o Tri-Paulista e o Tetra da Libertadores vamos ter de lutar contra tudo e contra todos.
Nosso jogo contra o Bolívar na quarta-feira à noite foi quase uma batalha campal, contra a altitude e os adversários.
A altitude é um adversário covarde, inamovível,contra o qual há muito pouco a fazer, quase nada. Minha mulher, Maria Helena, esteve em La Paz aos 19 anos, flor da idade, e não conseguiu subir o primeiro degrau da primeira escada que apareceu à sua frente.
A barra é pesada, imagine para quem tem que correr atrás de uma bola por 90 minutos com um bando de adversários chegando junto e, muitas vezes, passando o sarrafo. E ainda levando objetos na cabeça jogados pela agressiva torcida, de frutas a outras coisas.
Nesse quadro, os 2x1 para os bolivianos foi um bom resultado, pois nos basta uma vitória de 1x0 na Vila Belmiro, o nosso alçapão. Na verdade, com um pouco mais de malandragem e capacidade de observação teríamos evitado o segundo gol. Ele nasceu da terceira falta que os bolivianos cobraram da mesma forma, fazendo aquela cortina de dois jogadores na frente da bola na hora da cobrança. Bastava ter colocado um zagueiro no canto que Rafael não estava cobrindo para evitar a entrada da bola. Simples assim, mas ninguém pensou nisso.
Apesar do resultado razoável, o time acumulou cansaço, por causa do jogo, das viagens, da tensão e do desgaste físico. E com certeza influenciará a nossa performance contra o São Paulo, no domingo, no Morumbi. O pior é que o jogo do São Paulo contra a Ponte Preta, que seria hoje à noite, foi cancelado por causa do excesso de chuva. Ou seja, nosso adversário estará inteirinho contra um Santos esbagaçado. Os bambis têm um ataque ligeiro, envolvente, que toca bem a bola, que já seria difícil de enfrentar em condições normais, o que dirá com o cansaço que acumulamos. A nosso favor só a ausência de Luís Fabiano. Sei que temos um time melhor, capaz de passar fácil pelo São Paulo, mas desta vez os fatores extra-campo vão pesar.
O consolo é que essa é a sina dos times vencedores, como o Santos. Foi assim na era Pelé, nos tempos de Robinho e Diego e agora nos dias de Ganso e Neymar. Para o jogo contra o Bolívar, na Vila, no dia 10 de maio, vamos contar com a raiva de Neymar e sabemos que quando ele está cismado vai para cima do adversário, arranja a expulsão de pelo menos um e faz seus gols. Contra o São Paulo, será preciso por o coração na ponta da chuteira, pois será um páreo duro.
Mas vamos prá cima deles, contra tudo e contra todos!!!!!!!!
Viva o Santos!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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