Santos FC

Santos FC

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A TORCIDA QUER ALEGRIAS

No dia 2 de janeiro, José Carlos Peres realiza o seu sonho, toma posse como presidente do Santos FC. Trabalha para isso desde o começo dos anos 2000, quando criou a ONG Santos Vivo, ou até antes.

Ao definir a ONG como apartidária e apolítica, evitando igualar-se à Associação Resgate Santista que era de oposição à administração de Marcelo Teixeira, Peres se deu o direito de ziguezaguear entre a oposição e o grupo de MT.

Aderiu a MT nas eleições de 2005 – motivo pelo qual desembarquei da ONG, da qual era presidente e me vinculei à Resgate, da qual fui presidente na época que elegemos Laor.

Nesse período, Peres dedicou-se ao G4, que trabalhava ações de marketing para os quatro grandes times de São Paulo. Candidato em 2014, ficou em segundo lugar, graças ao contínuo trabalho da ONG junto aos associados. Mas aderiu à administração de Modesto Roma trabalhando na área de marketing internacional, cujos resultados desconheço. Mais um ziguezague.

Os próximos três anos, os do mandato de Peres, são vitais para o Santos, pois nosso time está em um patamar frágil, podendo decair e tornar-se um time definitivamente médio ou returbinar-se para reconquistar o espaço que merece no futebol brasileiro e mundial.

Não será uma tarefa fácil. O programa apresentado pela sua chapa na eleição alinhou boas propostas para returbinar o Santos. Mas para propostas se tornarem realidade é preciso competência e equipe e superar os desanimadores panoramas esportivo, administrativo e financeiro que herdará da calamitosa gestão de Roma. Um enorme desafio.

Outro enorme desafio será a convivência com Marcelo Teixeira na presidência do Conselho Deliberativo. Dali ele poderá torpedear permanentemente a gestão, segurando e influenciando as ações de Peres. Como será essa convivência, de acomodação aos interesses provincianos representados por Teixeira ou de desafio a partir do poder de iniciativa da Presidência?

Aqui vale fazer uma observação crucial: MT venceu por apenas dois votos a eleição, vantagem ínfima. Isso indica que os 135 conselheiros que não votaram nele podem atrair para sua órbita mais votos ao longo do mandato - criando uma oposição permanente a propostas provincianas e encaminhando outras para a modernização do Santos.

Vale apresentar propostas que melhorem o atual estatuto e resistir a todas destinadas a mutilá-lo ou fazê-lo regredir. Será importante estar atento ao poder da mesa do Conselho de colocar na gaveta propostas que desagradem seus componentes, evitando votá-las. E também à composição das Comissões Fiscal, de Estatuto e de Sindicância.

Nosso time, ainda meio desmontado e com técnico novo estará na Libertadores, a principal competição do continente. Terá capacidade de sair-se bem em todas as disputas do ano? Ao fim e ao cabo, é o que interessa aos torcedores. Essa é a frente prioritária de trabalho dessa nova administração.

Os jogadores que estarão em campo e no banco serão escolhidos somente por critérios técnicos e de qualidade? Serão capazes de encantar a torcida e surpreender os adversários com o DNA ofensivo, marca do Santos? Serão capazes de honrar a camisa e as tradições do Santos?

A torcida estará lá, empurrando o time, seja na Vila Belmiro, no Pacaembu ou outros estádios pelo Brasil afora.

Louca por alegrias!

Um comentário:

  1. Oxalá Peres tenha consiga o que todos sonhamos, colocar o @SantosFC lugar de destaque no cenário mundial.

    ResponderExcluir