Escrevo,
hoje, para comemorar meu erro de previsão quando, após o primeiro jogo do
Campeonato Brasileiro, declarei, alto e bom som, que o Santos, mais uma vez,
estava condenado a ser o 10º colocado do campeonato, repetindo a performance de
anos anteriores.
Hoje, chegamos
ao G4 e também estamos na semi-final da Copa do Brasil.
Quem
imaginaria isso no começo do ano?
Quem
imaginaria que uma simples mudança de técnico mudaria de forma tão determinante
o rumo de um time, afundado em sérios problemas financeiros, administrativos,
técnicos, de comprometimento dos jogadores, de comando do time?
Quem
imaginaria que Dorival Jr. seria esse profissional?
Dorival
chegou, escaldado por várias passagens problemáticas em outros clubes e
municiado com uma nova visão técnica que amealhou em seu estágio voluntário de
aperfeiçoamento na Europa.
Restabeleceu
a autoridade de técnico frente ao elenco – que Marcelo Fernandes não tinha -, recuperou
a confiança de jogadores importantes e aplicou as mais modernas concepções
técnicas para armar o time – o que resultou num eficiente mix de jogadores
experientes e novatos criados em nossa base, com DNA ofensivo bem ao histórico
estilo do Santos.
O que me
surpreende na fase atual do Santos é que estamos com um bom time, bem sucedido
nas competições que atua, ao mesmo tempo que a direção do clube, sendo
elegante, deixa muito a desejar, é provinciana, não transmite confiança no
campo administrativo.
É como se
existissem dois Santos, o do campo e o comando clube.
Como isso é
possível, ou até quando vi durar?
Já escrevi
aqui que o Santos tem uma força histórica que o mantém em evidência no mundo do
futebol. E essa força vem dos Meninos da Vila, da capacidade do clube em
revelar jogadores.
Depois da
decadência do fim dos 80 e começo dos anos 90, a criação do CT Rei Pelé e a presença
do Rei como “orientador” dos meninos abriu a fase de sucessos e títulos que vivemos
até hoje – protagonizada por Robinho, Diego, Neymar, Ganso e, hoje, Gabigol e
Geuvânio, só para citar os principais.
Graças a
isso, estamos sempre chegando, ganhando títulos aqui e ali, mais importantes ou
menos importantes.
Já pensaram
se essa força fosse amplificada com uma administração que pensasse grande,
achasse o caminho do equilíbrio financeiro, da capacidade de investir, novo
estádio, etc - que nem a administração
de Laor, que eu apoiei, conseguiu?
Bem, não
temos isso hoje, mas nosso time vai indo bem, muito acima do que se poderia
esperar.
Então, vamos
nessa!
Saaaaaaaaannnnnnttooooooosssss,
vai prá cima deles, Saaaannnntttooossss!!!!!!!!!
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