Toda fase de invencibilidade um dia acaba.
Antigamente, a invencibilidade era premiada, havia entre os times
paulistas a disputa da Taça dos Invictos, que ficava de posse do time que
atingisse o maior número de jogos sem perder.
O Santos teve direito a ela, uma vez, no final dos anos 50 ou
começo dos 60, não lembro exatamente.
Foram 24 jogos invicto. A Taça ficou alguns dias na casa da Tia
Zizi, prima de meu avô, na Tolentino Filgueiras, 124, endereço que não existe
mais, pois há um prédio no local, Eu morava no 120 e fui vê-la, orgulhosamente
colocada na mesa da sala de jantar. Depois, foi devidamente encaminhada para a
Vila Belmiro. Ficou lá até que o Corinthians ultrapassou a marca das 24
partidas invictas e levou-a para o Parque São Jorge. Não lembro que fim levou
essa taça.
Mas, como dizia, toda fase de invencibilidade um dia acaba e a do
Santos, depois de uma bela arrancada, no Brasileirão e na Copa do Brasil,
acabou hoje.
Dorival Jr. disse que a Ponte Preta jogou muito bem, o que é
verdade. Organizada e com a faca nos dentes.
Quanto ao Santos, jogou muito mal no primeiro tempo e a pouca
reação mostrada no segundo tempo foi insuficiente.
Por soberba, excesso de confiança, e talvez sonolência,
decorrentes dessas duas posturas, o Santos foi presa fácil da Macaca no
primeiro tempo. A Ponte entrou determinada a reverter a falta de vitórias nos
seis jogos anteriores, sair da incômoda situação no fim da tabela; o Santos foi
a campo para cumprir mais um jogo, com certeza de que sairia com a
vitória.
Deu no que deu.
Mas, além dessas razões psicológicas, digamos assim, é importante
lembrar que jogamos sem 3 titulares, Thiago Maia, Geuvânio e Vitor Ferraz e
Lucas Lima voltava da seleção.
É normal que, ao voltar da seleção, um jogador não jogue no time
tudo o que sabe e pode.
A ausência de Thiago Maia e Vitor Ferraz fragilizou nossos meio de
campo e defesa.
Sem Geuvânio, perdemos duas coisas, a sua saída rápida para o
ataque e sua ajuda à defesa, que é importante.
Como não temos elenco, não temos substitutos à altura, a falta de
titulares enfraquece o time.
A base de nosso time são jogadores vindos da base e dois veteranos
que abriram mão de altos salários para continuar a jogar e o fazem muito bem,
Renato e Ricardo de Oliveira,
Esse mix de baixo custo, que não dava liga antes, encaixou
maravilhosamente sob a direção de Dorival Jr. Mas são 11, apenas, que podem ser
ajudados por Rafael Longuine, que está crescendo e Marquinhos Gabriel.
É pouco.
O Santos precisa de mais jogadores de qualidade para enfrentar o
restante do Brasileirão e a Copa do Brasil. Recentemente, chegou o argentino
Ledesma para ser alternativa no meio campo.
A diretoria tem fôlego para contratar novos nomes para reforçar o
elenco?
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