Desabafo de um santista: o jogo de ontem foi frustrante

Desabafo do santista Helênio D. Prado, num grupo de discussões,  sobre a derrota por 2x1 no jogo de ontem:

"Amigos, o jogo de ontem foi frustrante, sim, todos vimos, mas, conforme já vem sendo observado e comentado em anteriores postagens dos colegas, essa situação está se repetindo demais e precisaria ser corrigida de vez.

 

O Marcelo Fernandes: com ele, a chance de correção é nenhuma. É um técnico que não demonstra ambição, contenta-se e acha uma bela conquista conseguir levar pros pênaltis um jogo que era para ser ganho com bola rolando (na final do Paulista); que pensa(va) ser o empate contra o Sport (ontem) um resultado maravilhoso, quando na verdade estávamos com tudo para ganhar o jogo; que não transmite aos jogadores a vontade de ampliar o placar após fazer um ou dois gols, depois permitindo reação adversária. Enfim, não transmite nenhuma empolgação, o tal do tesão, ao elenco.

 

Mas digamos que temos de "engolir" o técnico. Há o aspecto da chamada "posse de bola", que enganosamente o Muricy quis implantar após o fiasco contra o Barcelona como resposta à tragédia. Isso parece que ficou de tal forma assimilado pelos jogadores que, nem com os técnicos que vieram depois, a coisa não mudou. Fica-se num "eterno" toque de bola pros lados e pra trás, sem objetividade, que mata qualquer torcedor de tédio. Ontem foram uns 60% de posse de bola, mas sem finalizações, sem um direcionamento. Há comentaristas (putz... o Neto, da Band, ontem) dizendo que "o Santos toca bola bonito" etc. e tal. Nada disso. Como é que pode: jogador santista chega ao bico da grande área do adversário, não arrisca o drible (digamos até que esteja com marcação cerrada) e recua para o meio-campista que, em seguida, recua para a defesa, daí sobrevindo chutão que leva à perda de posse de bola ? Como pode uma mentalidade dessa ? Deveria, o técnico, mandar, nessas situações, que se arrisque um chuveirinho lá pra área adversária, um chute a gol, um drible arriscado que seja ( a bola está lá ne frente, sempre haverá condições de recuperação), mas nunca recuar, recuar e recuar. Fica-se com toda a cautela para não perder a bola, mas no fim das contas, a bola vai parar nos pés de um David Braz (antes era com o Durval, com o Domingos... affff!!!), que acaba se transformando no armador de jogadas, quando lhe falta essa habilidade. Mais ousadia, é do que carecem esses jogadores. (Isso não está se passando só no Santos, mas em outros tantos times também.) 

 

Finalizações: será que esse time não treina finalizações ? Robinho, ontem, desferiu um chute grotesco, acertando só a orelha da bola. Ricardo Oliveira, aos 5 segundos, jogou fora um gol feito e está virando um belo Kléber Pereira: antes,  era "o matador" e "goleador", agora está se notabilizando por perder gols feitos. (OK, ele foi o goleador do Paulistão, mas, como já disseram: Paulistão é parâmetro ? ) Quem paga por essas grossuras é o time. Chances perdidas têm seu preço e fazem parte do jogo. Só que Robinho e Ricardo Oliveira, com os salários que ganham (ou pleiteiam), não tem esse, digamos, "direito" de perderem tantos gols.

 

Acho que estamos sem um centroavante de confiança, eficiente. Gabigol precisaria fazer um "estágio por aí" (dizem que será envolvido na negociação com o Milan), para, se o caso, voltar com mais eficiência; hoje, não resolve. E o Ricardo Oliveira parece que tenderá a oscilar jogo a jogo. 

 

O Rafael Longuini precisava entrar logo em campo. Estou curioso. Pelo vídeo que os colegas postaram, ele pareceu ser muito promissor.

 

Desculpem-me por ter me alongado. Fico nervoso com esses jogos horrorosos e, escrevendo, consigo desabafar um pouco. Só um pouco. O inconformismo está aqui dentro, ainda.

 

Helênio"

Concordo com o Helênio e não vejo soluções à vista.

O jogo da volta será um grande sofrimento.