Santos FC

Santos FC

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

JAMAIS ESQUECEREI A ALEGRIA QUE DALMO NOS DEU, O GOL DO BICAMPEONATO MUNDIAL

Foi-se mais um. Dalmo.

Foi juntar-se a Gilmar, Mauro e Calvet.

Gilmar, Lima, Mauro, Calvet e Dalmo, Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

O maior time de futebol de todos os tempos.

A melhor formação de uma equipe que dominou o futebol no começo da década de 1960 – e estendeu-se, com modificações, até 1969.

Alegria da minha juventude.

Alegria que já havia começado em 1955 com Manga, Hélvio e Ivã, Ramiro, Formiga e Zito, Alfredinho, Álvaro, Del Vecchio, Vasconcelos e Tite, campeões paulistas daquele ano. (Na final, nos 2x1 contra o Taubaté, o ataque foi Tite, Álvaro, Negri, Vasconcelos e Pepe).

Dalmo, como já foi lembrado em seus obituários, fez um dos gols mais importantes da história do Santos, o da conquista do Mundial Interclubes contra o Milan, em 1963, num Maracanã lotado.

Foi uma final dramática, em três jogos.

Começou com uma derrota em Milão, no Estádio San Siro, 4x2, com Pelé e tudo.

A segunda partida foi no Maracanã e o Santos entrou em campo sem Calvet, Zito e... Pelé. No lugar do maior craque de todos os tempos, entrou Almir, o Pernambuquinho, um craque acostumado a incendiar jogos. Os italianos, que tinham 2 brasileiros no time, Mazzola e Amarildo (que substituiu Pelé na seleção na Copa de 62) abriram 2x0 em 17 minutos no primeiro tempo.

No intervalo, caiu uma chuva digna das atuais tempestades que assolam São Paulo.

O Santos voltou e fez 1,2,3,4. Pepe, de falta, Mengálvio,  Lima e o canhão da Vila, Pepe, de novo de falta.

Final: 4x2.

Dois dias depois, na negra, o Maracanã novamente lotado, o gênio de Almir apareceu. Depois de dar e apanhar muito, sofreu uma dura entrada de Maldini, que foi de sola, pé altíssimo, numa bola que Almir tentava cabecear.

PÊNALTI.

E, nesse momento, Dalmo faz o gol mais importante de sua vida. 

Mais confiante do que Pepe, um dos cobradores oficiais do Santos, foi lá e enfiou a bola no canto esquerdo do goleiro. 1x0.

Santos, bi-campeão mundial, uma das páginas mais gloriosas do alvinegro da Vila Belmiro.

Naquele tempo, os jogadores de futebol não se transformavam em milionários, como hoje.

Recentemente, a família de Dalmo, que morava em Jundiaí, manifestou a intenção de vender a medalha do bicampeonato para custear o tratamento do Mal de Alzheimar que castigava nosso craque.

Sua chama apagou-se antes e Dalmo nos deixou.

Merece todas as homenagens do nosso Santos e de todos nós torcedores.


Jamais esquecerei a alegria que ele me deu na noite de 16 de novembro de 1963. 

_______________________________________

PS: Quanto à vitória de domingo, Santos 3 x Ituano 0, o alvinegro não fez mais do que a obrigação. Geuvânio brilhou. Vamos dar tempo ao tempo, esperar os clássicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário