Foi-se mais
um. Dalmo.
Foi
juntar-se a Gilmar, Mauro e Calvet.
Gilmar,
Lima, Mauro, Calvet e Dalmo, Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.
O maior time
de futebol de todos os tempos.
A melhor
formação de uma equipe que dominou o futebol no começo da década de 1960 – e estendeu-se,
com modificações, até 1969.
Alegria da
minha juventude.
Alegria que
já havia começado em 1955 com Manga, Hélvio e Ivã, Ramiro, Formiga e Zito,
Alfredinho, Álvaro, Del Vecchio, Vasconcelos e Tite, campeões paulistas daquele
ano. (Na final, nos 2x1 contra o Taubaté, o ataque foi Tite, Álvaro, Negri,
Vasconcelos e Pepe).
Dalmo, como
já foi lembrado em seus obituários, fez um dos gols mais importantes da
história do Santos, o da conquista do Mundial Interclubes contra o Milan, em
1963, num Maracanã lotado.
Foi uma
final dramática, em três jogos.
Começou com
uma derrota em Milão, no Estádio San Siro, 4x2, com Pelé e tudo.
A segunda
partida foi no Maracanã e o Santos entrou em campo sem Calvet, Zito e... Pelé. No
lugar do maior craque de todos os tempos, entrou Almir, o Pernambuquinho, um
craque acostumado a incendiar jogos. Os italianos, que tinham 2 brasileiros no
time, Mazzola e Amarildo (que substituiu Pelé na seleção na Copa de
62) abriram 2x0 em 17 minutos no primeiro tempo.
No
intervalo, caiu uma chuva digna das atuais tempestades que assolam São Paulo.
O Santos
voltou e fez 1,2,3,4. Pepe, de falta, Mengálvio, Lima e o canhão da Vila, Pepe, de novo de
falta.
Final: 4x2.
Dois dias
depois, na negra, o Maracanã novamente lotado, o gênio de Almir apareceu. Depois
de dar e apanhar muito, sofreu uma dura entrada de Maldini, que foi de sola, pé altíssimo, numa bola que Almir tentava cabecear.
PÊNALTI.
E, nesse
momento, Dalmo faz o gol mais importante de sua vida.
Mais confiante do que Pepe,
um dos cobradores oficiais do Santos, foi lá e enfiou a bola no canto esquerdo
do goleiro. 1x0.
Santos,
bi-campeão mundial, uma das páginas mais gloriosas do alvinegro da Vila
Belmiro.
Naquele
tempo, os jogadores de futebol não se transformavam em milionários, como hoje.
Recentemente,
a família de Dalmo, que morava em Jundiaí, manifestou a intenção de vender a
medalha do bicampeonato para custear o tratamento do Mal de Alzheimar que
castigava nosso craque.
Sua chama
apagou-se antes e Dalmo nos deixou.
Merece todas
as homenagens do nosso Santos e de todos nós torcedores.
Jamais
esquecerei a alegria que ele me deu na noite de 16 de novembro de 1963.
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PS: Quanto à vitória de domingo, Santos 3 x Ituano 0, o alvinegro não fez mais do que a obrigação. Geuvânio brilhou. Vamos dar tempo ao tempo, esperar os clássicos.
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