Santos FC

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O MOMENTO NÃO É DE DISPUTAS POR PODER E ESPAÇO. O SANTOS SÓ VAI PERDER

Vinha pensando, nestas últimas semanas, em que termos retomar as conversas com os leitores do blog, depois de um longo silêncio em que me limitei a observar os movimentos e as decisões do atual Comitê de Gestão.

Nada havia de novo a ser dito, desde que postei meu último texto. Aguardava as contratações para o time de 2014 (que, ao que tudo indica, ainda não acabaram) para analisar o que pode ser o próximo ano para o Santos, tanto do ponto de vista futebolístico quanto político – afinal haverá eleições no clube em dezembro.

Mas, fomos surpreendidos, todos os santistas, pela extemporânea entrevista de Laor, o presidente licenciado, à ESPN. Se uma entrevista pode ser infeliz, essa foi muito mais que infeliz.
Foi desestabilizadora, um petardo dirigido contra o atual Comitê de Gestão.

Uma defesa surpreendente – e, para mim, incabível – de funcionários (alguns conselheiros)  afastados nos últimos meses, que explicitou que Laor é porta voz de um grupo que teve seus interesses contrariados e quer retomar seu espaço.

É preciso registrar, também, o súbito surgimento, na mídia, de notas e matérias críticas a Renato Duprat representante do grupo Doyen, no Brasil, que bancou a vinda de Leandro Damião para o clube. Seu passado junto à MSI ex-parceira mal sucedida e problemática do Corinthians, foi  lembrado do nada.

Sem entrar no mérito, no momento, de sua aproximação com o Santos, não é curiosa essa súbita onda contra Duprat? Ou é contra o atual CG? Ou alguém vai perder espaço?

Ao longo de 2013, dois fatos importantes marcaram a vida política do clube, com sérias consequências para a vida do alvi-negro da Vila Belmiro.

Os problemas de saúde de Laor se agravaram, prejudicando a sua atuação administrativa. E a frente política que ganhou a eleições de 2009 e 2011 fragmentou-se definitivamente, concluindo um processo iniciado já em 2012.

Só que a administração continuou a mesma, com muito tiroteio interno, o que só gerou problemas e ineficiências. Só vou citar dois e graves: a falta de um patrocinador master ao longo de todo o ano e a ausência de uma estratégia para o time pós-Neymar.

Tenho para mim, que o melhor que pode acontecer ao Santos em 2014 é a continuação da administração do atual CG até o fim do ano.

Laor já cumpriu sua missão, com acertos e erros, e faria o melhor para si se cuidar da saúde, consolidar sua recuperação.

Paralelamente, espero que a contratação de Vargas se confirme e Osvaldo de Oliveira consiga dar um padrão tático eficiente ao time. Sem se preocupar com nenhum DNA ofensivo, apenas em montar um time equilibrado, que se doe em campo e vença – não importa por qual placar.

O desafio atual é  remontar o time com tranquilidade, estabilizá-lo e partir para reformas administrativas que ainda não decolaram.

Disputas por espaço e poder só vão desestabilizar o Santos e comprometer seu futuro – que já é difícil.

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