DESTA VEZ, HOUVE UM CONJUNTO EM TORNO DE NEYMAR

Sábado agradabilíssimo.

Teve aniversário de 2 anos da maravilhosa Carolina, a espertíssima netinha de minha mulher Maria Helena, feliz o tempo todo pela comemoração preparada para ela, aqui no salão de festas do prédio onde moro.

Ao longo da festa, fui sabendo do 1x0, 2x0, 3x0, 4x0! A maioria dos presentes, santistas, se lamentavam de não estar vendo o jogo.

Mas eu tinha me preparado e, finda a festa, fui assistir a gravação do jogo. Há situação melhor? Assistir um jogo em que você já sabe que seu time ganhou de 4x0 e Neymar marcou? É sentar-se no sofá para assistir um show de gala!

Estamos longe, ainda, do jogo milimetricamente controlado do Barcelona. Mas o que, me parece, prevaleceu ontem no Santos foi a vontade de jogar. E quando o nosso time tem vontade  de jogar, o talento também aparece. Principalmente, o de Neymar.

Ressalte-se que o Cruzeiro também jogou, não houve um domínio do Santos. A diferença esteve no maior talento de nossos jogadores, que souberam aproveitar os momentos decisivos que lhes apareceram à frente. E, claro, à inspiração de vocês sabem quem. Ele, o santista que dá autógrafos para os pequenos mascotes do time adversário.

Foi altamente simbólica aquela cena do Neymar dando autógrafo em uma camisa do Santos que o pequeno torcedor do cruzeiro que usava por baixo da do seu time. Quem começa a duvidar do acerto – e há quem duvide - de manter Neymar no time perdeu de vez os argumentos.

Apesar de Neymar ter feito três gols, nosso time, desta vez, não ficou só preso ao talento dele. Em três dos quatro gols nosso craque genial completou jogadas armadas pelos companheiros, claro, com seus chutes certeiros e bem colocados. No de Felipe Anderson, o time todo acompanhou a agressiva escalada de Neymar pela ponta, iniciada com um toque magistral na bola, e seus companheiros estavam na área para completar a jogada. Ou seja, desta vez, houve um time, com conjunto, em torno de Neymar.

A julgar pelo que a imprensa publicou contribuíram para a construção desse conjunto as queixas de Neymar ao fim do jogo anterior – das quais inteligentemente ele se desculpou – e o “aviso prévio” de Muricy, vis à vis o término de contrato de vários jogadores, advertindo que quem não correspondesse seria rifado para 2013.

Ou seja, o time tinha e certamente ainda tem, problemas de relacionamento (não de rivalidade, mas de excesso de respeito ao ídolo), equilíbrio e motivação, que foram superados na partida de ontem.

Tomara que seja assim, também, nos jogos que faltam.

Pena que não tenha acontecido antes.