O futebol hoje foi uma caixinha de tristezas e mau humor.
De manhã, a Seleção deu vexame e estão tentando jogar a culpa
no Neymar
À noite, a decepção com o empate do Santos, contrariando a
expectativa de uma vitória fácil e mais três dos tão necessários pontos na
tabela.
Comecemos pelo Santos.
Eu não entendo como um profissional do futebol age sem
sensibilidade para o momento que seu time está vivendo.
Muricy preferiu manter o time que ganhou do Cruzeiro por 4x2,
para prestigiar os jogadores, do que promover uma mudança que poderia melhorar
ainda mais a performance da equipe.
Se Patito e Miralles estavam rendendo bem nos treinos porque
não foram escalados desde o começo do jogo? Leandrinho até que jogou bem, mas
os argentinos, mais experientes, poderiam ter sido escalados desde o começo no
lugar dele e do Bill, este que mais uma vez nada fez.
Levando em consideração a extrema necessidade do Santos
pontuar, Muricy deveria ter optado pela melhor solução técnica e não apenas
pela lealdade ao elenco.
O pior é que ele declarou depois do jogo que ficou satisfeito
com o resultado - durma-se com um barulho desses.
Continuamos com 17 pontos a 11 atrás do quarto colocado, o
Grêmio, até este sábado à noite, quando escrevo. Amanhã com a rodada completa
essa diferença pode mudar e aumentar a
dificuldade para chegar à zona da Libertadores.
Ou seja, teremos que correr mais atrás ainda.
Não posso deixar de
registrar que meu pai, Juan Manuel Serrano, o argentino mais brasileiro que
jamais conheci, se estivesse vivo ficaria feliz com a contribuição de seus compatriotas
para o empate. Especialmente às vésperas do Dia dos Pais.
Pulando para a Seleção
Brasileira, o time tupiniquim, recheado de estrelinhas que jogam ou jogarão no
exterior, deu um vexame por falta de esquema tático eficiente e frescura
técnica de seus jogadores.
Qualquer torcedor que
conheça razoavelmente futebol sabia que a seleção mexicana estava bem treinada –
jogam juntos há três anos – e sabe o que fazer com a bola. Não se poderia
brincar com ela.
Foi o que nosso lateral
direito, Rafael Silva, fez. Quis demonstrar categoria numa bola que deveria ter
jogado para a lateral. Tomamos o 1x0 aos 45 seg. de jogo
Assim são as
estrelinhas brasileiras que colocam o show acima da raça. Assim são os que vão para a Europa para “aperfeiçoar”
seu futebol, como a imprensa brasileira não se cansa de festejar.
E quem já está
sacrificado, além do técnico Mano?
O craque que escolheu
ficar no Brasil, no Santos, e, começam a acusar, não conseguiu resolver o jogo
sozinho.
Sim, pois Neymar
deveria se sobrepor à mediocridade geral do time, nesta partida, superar a
marcação cerrada de vários adversários, mesmo sem ter com quem jogar – e nos
dar a vitória.
Nem Pelé conseguiu algo
semelhante no fracasso na Copa do Mundo de 1966...
Nossos dois jogadores
na seleção agora voltam para casa. E não voltam por cima, como seria desejável,
o que seria ótimo para o nosso time diante do desafio que espera o Santos.
Ganso volta sem ter
realizado sua fantasia de brilhar nas
Olimpíadas e arranjar um comprador na Europa. Pior, nem jogou – só 45
minutos em toda a competição - e foi dispensado do jogo na Suécia por motivos
técnicos.
Não é uma boa volta,
pode afundá-lo mais. Mas, espero que ele reaja exatamente ao contrário.
Ganso poderia encarar a
volta como a chance de mostrar tudo o que sabe jogar. Apesar de todos os
desencontros entre ele e o alvinegro, Ganso tem lugar no time e um bom
reencontro pode ser altamente positivo para os dois. Vou torcer muito por isso.
Neymar, ao voltar, terá
que dar mil explicações sobre a conquista da prata e não do ouro.
Nós, do Santos, não
queremos nenhuma explicação. Só que ele jogue tudo o que sabe, nos dê muitas
alegrias, continue se aperfeiçoando por aqui.
Estamos doidos para que
os dois joguem tudo o que sabem!

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