Santos FC

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

VAMOS DERRUBAR O MITO DO ALÇAPÃO


O Alçapão da Vila foi cuidadosamente preparado.
Faixas, mosaicos e várias salvas de fogos marcaram, com efusão e profusão,  o território do alvi-negro  da Vila Belmiro
A torcida compareceu em peso e incentivou o time do começo ao fim.
A torcida fez pressão, muita pressão, isso era o que se esperava dela.
Mas deu tudo errado em campo.
O time não correspondeu ao apoio e ao entusiasmo da torcida.
E o caldeirão da Vila não funcionou.
O jogo foi realizado na Vila a pedido dos jogadores e do técnico e sob pressão dos que achavam que uma derrota no Morumbi ou  no Pacaembu configuraria um erro crasso da diretoria.
Foi realizado na Vila para dar conforto psicológico ao time – eu defendi essa idéia.
Mas, repito, tudo deu errado em campo.
O time esteve apático, sem garra, não foi para cima do Corinthians como era de se esperar.
Há várias justificativas para isso.
Não se podia esperar que Ganso entrasse  com todo gás em campo, vindo de uma cirurgia há pouco mais de duas semanas.
Também vindo do estaleiro, o nosso volante chave Arouca estava fora de ritmo.
Neymar, voltando da seleção, carregava toda a pressão que a mídia nacional lhe põe nos ombros, mais a da torcida santista. Como disse Muricy após o jogo, nosso craque está cansado física e psicologicamente – e eu acredito nisso. Neymar precisa relaxar para atuar com sua capacidade máxima.
Elano foi mais uma vez decepcionante.
Lucas e Henrique deixam a desejar nas laterais.
O grande jogador da noite foi Adriano.
A falta de elenco ficou demonstrada pela entrada de Felipe Anderson e Dimba num jogo dessa importância.
O Santos  entrou em campo sem foco, sem disciplina tática. Jogou apostando no talento de seus craques e na certeza de que fariam o gol quando quisessem.  Como os craques  estavam mal e não havia um time para ampará-los deu tudo errado.
A Vila foi escolhida para local do jogo para incomodar, intranqüilizar e botar pressão nos jogadores do Corinthians – e eu apoiei essa idéia
Mas eles não deram bola para isso.
Foram se hospedar no Parque Balneário Hotel, no Gonzaga, em Santos, sabendo que estariam cercados por um mar de rojões que iria lhes perturbar o sono.
Fizeram questão de treinar na Vila, direito que a Conmebol lhes dava, embora não precisassem disso. Foi para demonstrar marra.
Fizeram questão de fazer aquecimento em campo, sob as vaias da já enorme torcida santista.
E foram pra cima do Santos no começo do jogo, quando todos esperavam que jogassem na defesa.
Seguiram uma estratégia planejada, que lhes deu foco e alta concentração para alcançar seu objetivo – e conseguiram.
Sairam de Santos com a vitória e o incômodo gol fora de casa. Incômodo para nós. Vantagem para eles.
E derrubaram o mito do Alçapão da Vila.
Pois o nosso objetivo agora é derrubar o mito do Alçapão do Pacaembu.

                               Vamos dar foco aos nossos craques
Até o dia 20, precisamos reconstruir a alma e o talento de nosso time, dar-lhe condições físicas e psicológicas, um ordenamento tático.
Precisamos injetar em nossos craques o desejo de jogar como o melhor time do Brasil.
A ambição de serem Tetra-Campeões da Libertadores.
Precisamos dar foco ao time do Santos. Assim como o time do Corinthians está focado.
Só assim derrubaremos o mito do Alçapão do Pacaembu, assim como foi derrubado o do Alçapão da Vila.

Um comentário:

  1. Precisamos tirar o jogo de volta desse contexto. Isolar essa primeira derrota. Mostrar ao elenco que basta ganhar. Mesmo o simples 1x0 nos dá 50% de chance de classificação. Qualquer outra vitória nos beneficia. Lembro bem do 3x1 no Pacaembú no ano passado. Os times eram parecidos. Jogamos muito, para 40 mil adversários. E ganhamos. O mito de Vila Belmiro para mim acabou faz algum tempo. Só falta digerirmos isso. Lá perdemos dinheiro, espaço (eu sei, o gramado é do tamanho do Pacaembú, mas isso para mim é psicológico. A postura dos times na Vila é diferente. Jogam para trás) e, agora, jogos...Voltamos a ser grandes e não temos que depender de rojões à noite, ovos nos ônibus ou trocar vidros por alambrados para poder xingar ou cuspir no bandeirinha. Isto até soa meio ridículo para quem quer disputar mundiais com Barcelona e Chelsea. Vamos para o Pacaembú buscar a vitória jogando futebol. Encarar isso de frente e focar a condição técnica e tática versus querer "ganhar na marra" é mais uma quebra de paradigma que nossa diretoria deve nos deixar como legado.

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