Vamos combinar que não jogamos grande bola...
Mas houve alguns avanços.
Montillo começou a dar suas arrancadas e teve participação
decisiva nos dois gols.
Neymar começa a recuperar seu jogo e está jogando mais
taticamente.
Ficamos a maior parte do jogo com a bola (o que era uma
obrigação contra um time contra o Oeste), mas faltou maior entrosamento lá na
frente, mais troca de bola que resultasse em jogadas perigosas.
Temos que avançar mais!
Enquanto alguns torcedores vaiaram Neymar na Vila Belmiro, a
torcida do Santos em Bauru foi à loucura com nosso craque. Parabéns pra eles!
Aliás, o endeusamento da torcida é uma boa resposta para os corneteiros que
perguntam o que Neymar já rendeu para o Santos. Alguma dúvida?
O estádio do Noroeste de Bauru me traz saudosas lembranças.
Estive lá nos anos 60 com a equipe da Rádio Atlântica de
Santos, comandada pelo Ernani Franco, de quem os santistas da velha guarda lembram
muito bem.
O Santos ganhou de 4x3, mas lá pelas tantas estourou uma
briga generalizada dentro de campo. Todo mundo se envolveu.
A cabine de transmissão ficava em cima da social do
Noroeste, assim como na Vila Belmiro. O Ernani começou a descer a lenha no
Noroeste, a torcida ouviu, virou-se para nós e começou a xingar.
Ernani me disse: “Beto, segura uma garrafa d’água e se
prepara...”
Felizmente, nada aconteceu, mas tivemos que esperar o
estádio e as vizinhanças esvaziarem para viajar de volta para Santos.
Para se ter uma ideia de como a tecnologia de transmissão
era precária na época, era preciso puxar um fio da cabine até uma casa amiga
que permitisse que ele fosse ligado a um telefone.
E, claro, também esconder a Kombi de luxo de meu pai, Juan Manuel Serrano, que
nos transportava, pois com a chapa de Santos era arriscado deixá-la na rua nas
proximidades do estádio.
Bons tempos – saudades de meu pai, de Ernani Franco, de Pelé
e seu grande time...
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